quarta-feira, novembro 21, 2007

 

Carybé


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Zélia Gattai fala, constantemente, do grande amigo do casal Carybé, em seu livro “Vacina de sapo e outras lembranças” [2005]. Pesquisando sobre ele, descobri seu traço delicado, colorido, minimalista e seu olhar absolutamente detalhista. Pode parecer contraditório, mas não é.
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Argentina, Itália e Brasil
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Carybé (1911-1997), nome artístico de Hector Julio Paride Bernabó, pintor figurativo brasileiro de origem argentina, cuja estilização gráfica aproximou-se da abstração.

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Nasceu na cidade de Lanús e, após ter vivido na Itália, dos 6 meses aos 8 anos de idade, radicou-se no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes.

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[auto-retrato]
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Baiano de puro sangue
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Em 1938, foi para Salvador, fixando-se definitivamente na Bahia, a partir de 1950. Sete anos mais tarde, naturalizou-se brasileiro.
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Recebeu o apelido de Carybé (nome de um peixe de água doce), pelo qual é internacionalmente conhecido, na época em que era escoteiro, porque esse era o nome de sua barraca de acampamento.
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Suas obras, tanto pinturas como desenhos, esculturas e talhas, refletem a chamada baianidade, através da representação do cotidiano, do folclore e de suas cenas populares. Em 1955, foi escolhido como o melhor desenhista nacional na III Bienal de São Paulo.

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Inspirado pela cultura afro-brasileira, no início da década de 1970 dedicou-se a fazer talhas que focalizavam seus rituais e orixás, em obras como Festa de Nanã, Alá de Oxalá, Ajerê e Pilão de Oxalá.

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Em seus desenhos e aquarelas, predominam a cor sépia, como no álbum Sete portas da Bahia. Além desses trabalhos, destacou-se pela criação de murais, hoje expostos em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Montreal, Buenos Aires e Nova York.

Artista multifacetado
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Também fez ilustrações de obras literárias, como Macunaíma, de Mário de Andrade, O sumiço da santa, de Jorge Amado.
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Exibiu seus trabalhos em mostras coletivas e individuais desde 1940. Entre elas, destacam-se as realizadas no Museu Municipal de Buenos Aires e nas galerias Nordiska, Amalta e Viau, na Argentina; na Galeria Oxumaré, em Salvador; no Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio; e na I Bienal Nacional de Artes Plásticas da Bahia.
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Freqüentador assíduo dos terreiros de candomblé baianos, embora dissesse não acreditar na vida após a morte, faleceu, no dia 1º de outubro de 1997, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, depois de sofrer um enfarte.
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Fonte: Encarta-BR 2000
Texto extraído do site:
http://www.pitoresco.com/brasil/carybe/carybe.htm e ilustrações de vários sites.
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Biografia:
http://www.escritoriodearte.com/listarQuadros.asp?artista=3
http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/ult1789u665.jhtm
http://www.pitoresco.com.br/espelho/valeapena/caribe/
http://www.pinturabrasileira.com.br/artistas_bio.asp?cod=81&in=1

Obras:
http://www.bolsadearte.com/cotacoes/carybe.htm
http://www.artemmizrahi.com.br/ArtistaExposicao.aspx?cod=8
http://www.galeria22.com.br/paginas_dinamicas/categoria1.asp?iCat=79
http://www.pinturabrasileira.com/artistas.asp?cod=81
http://www.agenciaminas.mg.gov.br:80/admin/fotos/26082005050844carybe.jpg


O capeta Carybé
CARYBÉ
Jorge Amado


Nessa narrativa, Jorge Amado traz muitos relatos sobre seu grande amigo Carybé, cuja riqueza de vida é quase ficção: aventuras de sobrevivência, casamento, andanças desde Buenos Aires, sua terra natal, até a Bahia.

O artista plástico registrou nas suas obras cenas e cenários muito brasileiros, como vilarejos de pescadores, bailarinas, saídas de igreja e pausas de vaqueiros. Sua obra levou a Bahia mundo afora. Por isso Jorge Amado fala de Carybé como “exemplo notável em sua arte, que recria a realidade do país e da vida popular que ele conhece como poucos, por tê-la vivido como ninguém”.

Editora: Berlendis & Vertecch
ISBN: 8586387061
Ano: 1996
Edição: 30ª
Número de páginas: 64
Coleção: ARTE PARA JOVENS

Links do livro:
http://www.berlendis.com/capeta.htm
http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=173218&ST=SR#javascript;
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=88873
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Outra explicação pro apelido:
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"Carybé é um apelido antigo. Júlio o assumiu pensando que se tratava de um pássaro da fauna brasileira, mas acabou sabendo pelo amigo Rubem Braga que a palavra significava mingau de milho servido às mulheres paridas. O mestre não passou o recibo e disse entre risos, 'não tem problema, eu gosto muito de mingau'."

caribé [Do tupi]
Substantivo masculino. Bras.
1. Alimento preparado com polpa de abacate.
2. Refresco feito com beiju de tapioca.
3. Mingau de farinha fina.


Comments:
Eu adoro o traço dele. Descobri lendo Jorge Amado, claro.
Vc viu os desenhos dele no Memorial da america latina? lindos.
beijos.
 
Enquanto lia teu post, fiquei pensando onde tinha visto as pinturas do Caribé. Abri os comentários e a Vivien me lembrou! Foi no Memorial da América Latina.
Adoro o colorido das obras dele!

Enquanto não me mandarem embora daqui vou aparecendo.

Bjs.
 
Pois é, meninas, pasmem, mas não conheço o Memorial... Agora, tenho mais um motivo pra ir lá!

Continue aparecendo, sim, Rosa, enqto não tirarem o computador de ti!

bjos pra's duas,
Clé
 
Clélia,
Gostava muito de Caaribé. Passando todas as férias de minha juventude na casa de minha tia em Salvador, tive oportunidade de conhecer muitos dos artistas plásticos que eram amigos de Jorge: Caribé, Floriano, Jenner Augusto, Calasans Neto, Genaro, Mário Cravo e Mirabeau Sampaio. Todos da melhor qualidade. Caribé e sua mulher Norma, estavam sempre presentes. Alegre, debochado, um dos caras mais gozadores que conheci. Desses que brincavam com a fisionomia séria, sem mudar muito a expressão. Esse entra e sai de pintores, escritores e músicos na casa de Jorge, provocou uma das famosas observações de Lalu:
- Na Bahia ninguém trabalha, todo mundo é artista (ela pronunciava de um jeito engraçado: autista).
Gostoso relembrar.
Grande beijo
 
Recordações boas, certamente, Lord.

Lalu era sábia! Ser artista é ter um hobby. Ser professor é missão. Nada disso é trabalho. É o que muitos consideram.

bjo gde,
Clélia
 
ET: E das versões do apelido "Carybé", sabe qual é a verdadeira?
 
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