domingo, setembro 23, 2007

 

Elis gravou Djavan?



Elis Regina era uma cantora bastante identificada com alguns compositores. A ponto, aliás, de ter lançado vários deles. Ela gravou muitas músicas de Gilberto Gil; Milton Nascimento; João Bosco & Aldir Blanc; Ivan Lins & Vitor Martins; Renato Teixeira e Belchior.

Além deles, gravou músicas de Tom; Vinicius; Edu; Baden; Carlinhos Lyra; Chico; Caetano; Marcos & Paulo Sérgio Valle; Menescal & Bôscoli; Roberto & Erasmo; Elton Medeiros & Zé Keti; Dorival, Dori e Danilo Caymmi; Ary Barroso; Pixinguinha; Assis Valente; Lupicínio; Dolores Duran; Billy Blanco; Paulinho da Viola; Adoniran; Fagner; Rita Lee; Guilherme Arantes; Beto Guedes; Guinga; João Nogueira; Cartola; Nelson Cavaquinho; Zé Rodrix; Guarabira; Tavito; Egberto Gismonti; Tim Maia; Jorge Ben; Joyce; Sueli Costa; Fátima Guedes; Paulo César Pinheiro; Francis Hime; Jean & Paulo Garfunkel; Gonzagão e Gonzaguinha. Enfim, gravou todo mundo!

E aí, fiquei pensando... Elis gravou Djavan? Por qu’ela gravou tanta gente... Mas e o Djavan? Não me lembrava de nada dele na voz dela. Perguntei pro Arnaldo, que também titubeou. Pesquisei, então, no “oráculo” (como diz a Cecília, referindo-se ao Google) e encontrei:


MÚSICA

Eternamente Elis Regina

Uma das maiores cantoras do Brasil, a Pimentinha Elis Regina recebe tributos em sua memória na passagem dos 20 anos de sua morte, aos 36 anos

por MARCELO ROBALINHO

(...) No mercado fonográfico, a grande novidade para os fãs é o lançamento do CD Elis Regina ao vivo em Montreux. Lançado recentemente pela gravadora Warner, o disco apresenta sete faixas inéditas. Além de uma versão inusitada de Mancada, um samba composto por Gilberto Gil logo no começo da carreira, Elis canta, pela primeira vez, uma música de Djavan, Samba dobrado.

Descobertas pelo titã Charles Gavin nos arquivos da Warner, as canções extras, juntamente com as outras oito faixas lançadas em disco logo após a morte da cantora, representam, agora, o registro fiel da participação de Elis no Festival de Jazz de Montreux, em 1979, na Suíça. Uma curiosidade: por considerar de qualidade inferior, a cantora acabou impedindo o lançamento do álbum, ainda em vida. (...)
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JC on-line
Jornal do Comércio – Caderno C
Recife – 19.01.2002


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Samba dobrado
(Djavan)

Vai ser pior ainda
Quando amanhecer
Tudo que se tem pra cantar
Não dá pra embalar
Nem pra devolver
O direito de escolher
A música melhor para se dançar
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Quem faz parte dessa cena
Gravando! Pode rodar
Pra cumprir a mesma pena
Não é preciso ensaiar
‘Tá combinado
Basta aprender sambar dobrado
Basta aprender sambar dobrado
Basta aprender sambar dobrado
Basta aprender sambar dobrado
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Djavan gravou este delicioso, e talvez pouco conhecido, samba no disco Djavan (1978) e Johnny Alf, em seu songbook. César Camargo Mariano & Romero Lubambo, no CD instrumental DUO (2002) [piano acústico & violão elétrico-acústico]. Ficam, aqui, as 3 versões, além da da Elis, que desencadeou este post.
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Comments:
Titubeei sim, mas tenho a meu favor o fato desta gravação não ter sido lançada no disco de vinil e nem mesmo quando ele foi editado no formato de CD. Só mais tarde, numa outra edição em que foram incluídas faixas bônus é que esta gravação veio a público.
É surpreendente que este ótimo samba do Djavan tenha sido tão pouco gravado.
 
Verdade. Tinha de haver uma justa causa pra sua titubeada!

Eu mesma não conhecia este samba... Uma ótima descoberta! (e na voz da Elis)
 
Olá! depois da sumida...

Mais Djavan em outras vozes...
Perfeito!
Com Elis o samba ganhou um tom mais tristinho, dado em sua voz controladamente marcada, dando significado às palavras!
Adorei, não conhecia essa canção!

Com Djavan ganhou mais intimidade e ficou mais alegre, com um belo piano. A canção é evidenciada e a letra flui sem eu perceber...

Na terceira "opção" o tom reflexivo volta, porém com uma leveza, do samba. Tocante também.

Por fim, o pianíssimo brasileiro de César adicionado a outro elemento de corda. Acho que aí a música ganha o samba real (e dobrado! :-])

Muito legal ouvir Djavan assim....

Como sou suspeito, Elis é a que mais me convence de início!

Bjão, Clélia
:-]
 
Pois é, Eli, 'cê vinha acompanhando a seleção de Djavan e, de repente, sumiu...

Gosto muito das 4 versões. Não saberia dizer qual prefiro.

Acho a do Djavan mais alegre, mesmo, e é o que o samba (ou ele) deseja passar. Elis, como intérprete, é sempre imbatível! Johnny Alf, com sua voz suave, envolve, toca. César & Romero brincam, deliciosamente, indo do jazz ao samba! Dois craques em seus instrumentos. Uma ótima combinação! A gente canta junto...

bjão pro 'cê tb,
Clé
 
adoro a Elis!
que legal esta super pesquisa, não sabia que ela tinha gravado Djavan. Tem músicas que gosto de ouvir só na voz dela, como por ex. Atrás da Porta e o Bêbado e o Equilibrista ;)

beijos
 
Pois é, Grazi. Me fiz esta pergunta: Por que ela gravou uma porção de gente e não o Djavan...?

Você está certa. Certas gravações ficaram e marcaram na voz dela.

Tb adoro a Elis!

bjo,
Clé
 
Não conhecia esta música, Clélia. Gostei das quatro interpretações,a Elis é insubstituível!
Bjs.
 
Concordo com você, Rosa. Ela faz falta!
bjo,
Clé

PS: Pensei em você estes dias... Estou em fase de fisioterapia. Não sinto mais dores no ombro (direito) e os movimentos estão sendo recuperados, pouco a pouco, mas dentro do previsto, segundo o ortopedista. Valeu ter feito a cirurgia! Não protele a sua, não. Vá atrás...
 
Opa! Olha eu aqui novamente!
Saiu uma trilha sonora baseada em Djavan, não é?!
Diversidade de vozes, de tons e interpretações... muito bacana. Gostei!

P.S.: Gostei da foto do malandro sambando com a cabrocha ao som da viola!
 
Salve, Diego!

Era pra ser um e acabou sendo vários posts sobre Djavan e sua música. Não deu pra resistir. Difícil, inclusive, parar...

Gostei também da ilustração, garimpada na Net. Combinou com o samba, né?

Volte sempre!

bjo,
Clé
 
Não gosto de Elis. Sei lá porque, simplesmente não gosto. Não consigo ver nela esta coisa de não existe igual. Tanto que a Maria Rita tá aí pra provar o contrário, memso sendo geneticamente explicado. E....também não gosto dela.
Já o Djavan, Adooooro.
Mas oq seria do amarelo se todos gostassem do vermelho né?

Bjs
 
E a Maria Rita não chega aos pés dela, Lu. Pode ter um timbre de voz semelhante ao da Elis, mas não tem o talento, a emoção, o domínio de ritmo que a mãe dela tinha. Mas, claro, nem todos gostam ou gostavam dela. Sou da turma dos que gostam!

bjs,
Clé
 
Clélia

Não estou com medo da cirurgia. Meu problema é com o 'depois', com quem irá me ajudar. Minha filha trabalha o dia inteiro e meu marido é maravilhoso, mas muito atrapalhado e não tem jeito pra fazer as coisas pra mim. Tenho protelado, tb, pq tem sempre uma coisa mais importante pra fazer, já que não está doendo como antes.
Uma hora eu faço.
Bjs.
 
É Rosa, você precisará, mesmo, de ajuda... Não há como escapar!

Tive a sorte de ter minha cunhada, Cris (irmã do Arnaldo), comigo, um bom tempo (ela dirigia até meu carro). O próprio Arnaldo e a Cecília cuidaram bastante de mim, em coisas corriqueiras, como ajudar a me vestir (abotoar o sutiã, por ex., só agora, 3 meses depois, estou conseguindo desabotoá-lo, com a mão direita); cortar a comida no meu prato (pr’eu comer, desajeitadamente, com a mão esquerda). A casa, deixei por conta da minha ajudante, que acabou sendo efetivada, depois de um tempo fazendo faxinas semanais. Enfim, pequenos e simples movimentos ficam comprometidos, logo depois da cirurgia, e a gente acaba desenvolvendo habilidade no lado sinistro (caso você seja destra), ou vice-versa. O mouse do nosso computador, até hoje, fica no lado oposto (esquerdo).

Mas tudo isso vale a pena!

Bjo,
Clé
 
O desenho do malandro sambando com a cabrocha ao som da viola é o mesmo que tem no blog do Diego.
 
Ah, é? Eu não percebi... Vou lá ver.
 
Arnaldo e Clé! É fácil achar essas coisas na internet. Entra-se num site de busca, escreve "samba" e clica em "imagens"... essas coisas vêm...

Criei lá no blog a sessão "maravilhas suburbanas" há algum tempo, e venho trocando com alguma frequência as imagens.

Já passaram por lá o Cacique de Ramos, o Boêmios de Inhaúma, o mestre Pixinguinha, e agora é essa turma do samba aí!

Em breve tem mais! Passem por lá!
Abraços!
 
Pois é, Diego. Parece que tem de tudo na Internet!
 
Eu adoro música, mas tenho um grande problema... Nunca me ligo muito nos autores.
É claro que eu sei quais são as músicas do chico, as do Caetano, as do Gil e as do Milton, mas sei porque já as ouvi nas vozes deles ou porque elas são a cara deles.

Ganhei do Eli uma coleção de cds que ele comprou no MIS (Musei da Imagem e do Som) de Santos. Na verdade, ele pegou todos os vinis dela que foram lançados e os gravou em cd.

Vico ouvindo e cantando junto com ela (quando estou sozinha, porque ninguém merece me ouvir estragar as músicas) mas agora eu paro e penso... Não sei quem escreveu muitas de minhas músicas preferidas, como Casa no Campo, Rancho da Goiabada, Trem Azul, Velha roupa colorida... entre tantas outras que eu adoro ouvir na voz da pimentinha...

Preciso estudar mais!!!Rs
 
Bá,

Acho legal saber quem fez tal música (letra & melodia). Se foi composta por uma só pessoa ou se houve parceria. Muita gente diz: _ Gosto daquela música da Elis, ou da Gal, ou da Bethânia, sem se dar conta de que elas são cantoras (intérpretes) e não autoras das canções.

Não é difícil encontrar a autoria das músicas, não. Basta olhar nos encartes dos discos, ou dar uma pesquisada na Internet. Com o tempo, você vai ver, será natural querer saber quem compôs o quê:

Casa no campo (Zé Rodrix & Tavito)
Rancho da Goiabada (João Bosco & Aldir Blanc)
Trem azul (Lô Borges & Ronaldo Bastos)
Velha roupa colorida (Belchior)

bjão,
tia Clé
 
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