quarta-feira, janeiro 17, 2007

 

Silêncio




Silêncio
Fabio Tagliaferri & Luiz Tatit

Quis dizer de coração
Não era hora
Vim de longa espera
Cresci, mas quem me dera
Sei que falta muito
Pra aprender a dizer
Pois o amor nem sempre se declara
Sofre mudo, mas não mostra a cara
E é o silêncio que ampara o amor
Amor que é amor é assim
É uma certeza que nunca diz "sim"
Nem diz "não"
Nem diz
Só acompanha os movimentos
Com olhos atentos
Mas...

Pra dizer de coração
É que demora
Quem que alinhava
Palavra por palavra?
Quem que tem paciência
De aprender a dizer
E quem diz de vez, só atropela
Pois o amor nem sempre se revela
E se revela, vira uma novela
Choro e lenço, que apela
Pro consenso
Nem penso, dispenso
Silêncio
Mas...

Não vou dizer mais não!


Ficha técnica:
voz:
Mônica Salmaso
violão 7 cordas: Edmilson Capelupi
piano: Fábio Torres
viola: Fábio Tagliaferri
arranjo: Fábio Tagliaferri


CD: Só um é muito só
Fábio Tagliaferri

encarte do CD:

“Fábio Tagliaferri toca um instrumento pouco usual: a viola. Além disso, toca a viola de maneira pouco usual: domina muito bem a técnica escrita, erudita, mas tem também um suingue e um senso de improvisação não comuns entre os praticantes dos instrumentos de corda eruditos.
Quando tudo parecia já perfeitamente equacionado na figura do instrumentista e arranjador, raro e sensível, eis que ele é três: revela-se um compositor de melodias apuradas e íntegras, profundamente imaginosas e ao mesmo tempo contidas diante de qualquer facilitação.
Valsas transparentes, choros, baiões, baladas e canções, ora inclassificáveis, ora beirando a beleza clássica dos standarts, tudo pedindo letras, lyrics, palavras, para além da música instrumental. Essas músicas inspiraram a imaginação dos letristas Luiz Tatit e Manu Lafer, parceiros férteis e constantes, e mais Tiago Torres, Paulinho Moska, Inácio Zatz e Arnaldo Antunes. Eles seis: dez.
Fábio Tagliaferri teve ainda, além de tudo, o generoso dom de reunir. Reparem na qualidade dos instrumentistas, dos arranjos, da produção, dos intérpretes e das intérpretes. Um só é muito só. Só muito.”

José Miguel Wisnik




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