quinta-feira, janeiro 11, 2007

 

NERUDA (III)


CADERNOS DE TEMUCO

(47)

O DESEJO SUPREMO

Viver serenamente, sem agitar-se nunca,
a vida iluminada, pela luz do amor,
e reter para todas as alegrias truncas
a pequena tristeza de uma pequena dor...

Ter sempre na mirada, serenamente pura,
o poder e o prestígio de alguma elevação
e sentir dentro da alma a emoção das alturas
e umas ânsias sagradas de purificação...

Ter assim para todos os seres e as coisas
uma doce alegria risonha e generosa,
perfumada da funda alegria de viver...

Então, somente então, viver serenamente,
sem nunca se agitar e muito suavemente
pela mansa doçura de uma tarde partir...

[poema extraído do livro Cadernos de Temuco, de Pablo Neruda (1998 – Editora Bertrand Brasil)]


Comments:
SEM PALAVRAS.;0)
 
Parabéns Clélia!
Já estava na hora de você aderir também. Não sou de ler poemas nem poesias. Li estes 2 e gostei. Foi um momento "zen" nesse final de tarde... relaxei. Prometo ficar de olho no seu blogg, assim como no Baú de Tranqueiras também.
Feliz 2007 pra todos!
 
Quem diria. Alexandre lendo poesias. Nunca subestime o poder de um blog!!!
 
Oi, Alexandre

Surpresa boa a sua visita! Que bom que pude lhe proporcionar um momento zen, de relaxamento.
Volte sempre, um feliz 2007 pra vocês tb!
bjo,
Clélia
 
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