quinta-feira, janeiro 11, 2007

 

NERUDA (I)



Comprei, tempos atrás, um livro de poemas de Pablo Neruda, Cadernos de Temuco (1919-1920) [1998 – Editora Bertrand Brasil], tradução de Thiago de Mello, com textos da sua juventude, que ele não chegou a publicar ou não quis fazê-lo. O que me chamou a atenção, no entanto, quando folheei o livro, ao ler (como sempre faço) orelhas, contracapa, abertura, prólogo e cólofon, foi o texto contundente e pungente de Thiago de Mello, discorrendo sobre o árduo, delicado e fascinante trabalho de tradução (tema que, há muito, me seduz).
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cólofon
S. m. (substantivo masculino)
1. Ver colofão.

colofão [Do grego kolophón]
S. m. (substantivo masculino)
1. Inscrição no fim de manuscritos ou de livros impressos, com indicação sobre a feitura do volume, o nome do copista ou do impressor, a data do acabamento, etc.

Thiago de Mello (Barreirinha/AM, 1926), poeta e cantador, caboclo do Amazonas. Exilou-se no Chile por motivos políticos. Fez a tradução da “Antologia Poética de Pablo Neruda” (1964 – Editora Letras e Artes). Autor, entre outras obras, dos “Estatutos do Homem” (escrito em 1964, após o golpe militar), traduzido em mais de 30 idiomas e cuja versão para a língua espanhola foi feita pelo próprio Neruda.
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contracapa:

"Aceitei a tradução de Cadernos de Temuco porque me deu vontade de conhecer, saber um tanto, através dos poemas que escreveu entre os seus quinze e dezessete anos, o sentimento do mundo, o entendimento da vida daquele jovem estudante a quem vim a conhecer já homem de vasta vida vivida, já poeta querido e consagrado, pessoa fascinante, um ser cheio de magia (construía a seu redor um mundo mágico), que me abriu a intimidade de sua ternura, com quem convivi intensamente momentos que se reúnem aos mais importantes, fortes e inesquecíveis de minha vida. Ainda que nem todos guardem o gosto da alegria.

Cadernos de Temuco é um livro de quem já está seguro de que a poesia é o seu caminho inexorável. De quem principia o caminho sabendo onde quer chegar e bem preparado para a caminhada. Todos os poemas denotam impressionante domínio da arte do verso, surpreendente num, autor adolescente."
Thiago de Mello

orelhas:

A descoberta dos Cadernos de Temuco, inéditos até hoje, é um fato de importância universal.
Estes poemas da juventude, que Pablo Neruda não chegou a publicar ou não quis fazê-lo, dão fim ao mistério que mais tarde se estenderia a sua obra consagrada.
Dotados de assombrosa intensidade lírica e de uma plenitude vital transbordante, onde a herança modernista se funde com os traços expressivos das vanguardas, estes primeiros versos não só antecedem seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada. Na recuperação desta experiência transparente, eles cumprem a função insubstituível de explicar o amadurecimento do grande poeta chileno a partir de sua origem.

PABLO NERUDA nasceu em Parral, Chile, em 12 de julho de 1904.
Foi cônsul na Birmânia, Ceilão e em outros países asiáticos. Entre 1934 e 1938 viveu em Madri, onde criou a revista Caballo Verde para la Poesía.
Ao terminar a Guerra Civil Espanhola organizou a transferência de um numeroso grupo de exilados para o Chile. A partir de 1941 representou seu país no México, até que voltou ao Chile, onde foi eleito senador em 1945. Exilado, Neruda visitou vários países europeus, a União Soviética e a China. Em 1970, após ser designado candidato do Partido Comunista à presidência do Chile, renunciou em favor da candidatura de Salvador Allende que, ao ganhar as eleições, nomeou-o embaixador em Paris.
Em 1971 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Contudo, a saúde debilitada determinou seu regresso definitivo ao Chile, onde morreu em 23 de setembro de 1973, poucos dias após o golpe de Estado que derrotou o governo de Allende.

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CADERNOS DE TEMUCO
1919-1920
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DO MEU CADERNO DA FLORESTA
Thiago de Mello

Tradução: Arte de recriar

Já disse, faz tempo, quando entreguei ao Ênio Silveira a Poesia completa do peruano Cesar Vallejo em português (todo louco quer grandeza que a sorte comum não dá), que tradução de poesia é trabalho fascinante pelo simples fato de ser inalcançável na sua plenitude. Impossível dizer num idioma o que foi poeticamente sentido, pensado e escrito em outro idioma: nunca será a mesma coisa. O que mais e de mais parecido se alcança, por muito competente e abençoado que seja o tradutor, é uma aproximação feliz da criação original. É por isso que o tradutor de poesia tem de ser necessariamente um também criador, estou dizendo um poeta e, ao mesmo tempo, um recriador. Um criador que recria a partir do que foi criado. Reinventor da invenção. O resultado desse árduo e delicado trabalho artístico pode até chegar a ser belo, mas de uma beleza diferente, que tem outro perfil, outra voz, outros olhos.
A começar, pela diferença do idioma original, com o qual o poeta constrói a sua linguagem, procurando, escolhendo (adivinhando) as palavras, sua matéria-prima, tanto pelo seu valor de significação, para transmitir o sentimento ou a idéia, quanto pela dura e macia sonoridade dos seus fonemas. Poesia é essencialmente música e sua inseparável cadência.
Convém reconhecer, desde logo, a diferença que existe, no campo da linguagem literária elevada à categoria de arte, entre a tradução de prosa e a de verso. O tradutor de romances e de contos tem melhores chances de maior aproximação da matéria original. O estilo e a linguagem, a própria técnica de composição, bem distinta da usual, preferida por alguns escritores, podem criar dificuldades delicadas ao tradutor consciente da importância do seu labor. Fico em dois exemplos: o Ulisses, de Joyce, que Houaiss recriou para o leitor brasileiro, e o Grande Sertão: Veredas, do nosso Rosa, que Kurt Mayer Classon, alto profissional, reescreveu para os alemães. No geral dos casos, a narrativa trata de contar bem contada a sua história, que se pretende acessível ao leitor comum. O velho e o mar, de Hemingway, Um homem célebre, de Machado de Assis, Fogo morto, de José Lins do Rego. As passagens mais densas, repassadas de vibração poética, na ficção, são construídas com recursos literários próprios da prosa (estou pensando em Faulkner, em Conrad, em García Márquez). Ao contrário da Poesia, cuja linguagem é essencialmente metafórica, onde as palavras ganham asas e têm olhos próprios. De resto, cada dia mais me convenço de que toda palavra tem seu poder de transcendência.
Que a correspondência (palavra mais adequada ao alcance ideal da tradução) se faça íntegra em relação ao conteúdo, eis um resultado que já conforta e recompensa todo esforço. Mas a forma do verso traduzido será inevitavelmente diversa da do texto original: a musicalidade das palavras é diferente, cada idioma tem sua clave e suas melodias, que muito têm a ver com as raízes profundas da alma do seu povo.
Poema de versos metrificados e rimados pode parecer de tradução mais trabalhosa. A minha experiência, remador de tantas águas, me convenceu do contrário. A medida certa, o lugar exato das sílabas tônicas, facilita a composição do verso correspondente. O verso livre não tem medida, mas tem cadência (tanto no breve das Odas elementales de Neruda quanto no inumerável de Whitman). O verso branco não tem rima, mas tem melodia. Haja paciência, engenho e ouvido.
A poesia escrita em castelhano ajuda o tradutor brasileiro pelo parecido das palavras e a conseqüente sonoridade, muito aparentada com a do português que falamos. (Cuidado: muitas palavras com ortografia rigorosamente igual nos dois idiomas podem ter sentidos completamente diferentes.) Refiro-me ao som, não à música, que cada povo latino-americano inventa na sua fala, cada qual mais encantadora que a outra. Muitos versos nem pedem trabalho recriador. A tradução literal recolhe a poesia inteirinha, de alma e corpo. Veja o leitor estes dois versos de Neruda, extraídos do seu célebre Poema 20:

Puedo escribir los versos más tristes esta noche
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

La noche está estrellada y ella no está commigo
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Nos poemas metrificados, pronomes, preposições e conjunções, pela diferença do número de sílabas, ora num idioma, ora no outro (e geralmente são essas categorias gramaticais que preparam o lugar para a tônica da palavra), criam dificuldades que exigem atrevidos malabarismos da imaginação, capazes de mudanças de palavras e até de versos inteiros. Tudo por uma sílaba a mais, ou a menos. Para exemplos, a conjunção na, em português, tem uma sílaba única; em castelhano tem duas: en la. A nossa preposição da em castelhano é de la. Caso inverso: mi paloma é minha paloma; minhas penas são mis penas.
O tradutor demora, o verso cambaio não sai da cabeça, mas acaba encontrando a palavra. Muita vez com a ajuda de neurônios delicados que, enquanto o poema dorme, trabalham lá pelos desvãos do cerebelo e de repente dão com o verso prontinho. (...)

Tradução: Arte de servir

Traduzir para o nosso idioma, e para o jeito brasileiro de dizer, a poesia inventada em espanhol faz parte da decisão que tomei, na casa dos meus trinta anos, de fazer a minha parte na integração cultural latino-americana. Foi quando descobri, assustado, como era grande o desconhecimento que temos da cultura e particularmente da literatura dos países da América de fala castelhana. E como os escritores brasileiros são totalmente ignorados por eles. A ignorância está minguando. Os países começam a descobrir os outros (inclusive os de idêntico idioma) também sabem cantar. O final do século promete um Mercosul. Pois estou certo de que uma complementação econômica de verdade só se dará se estiver sustentada numa irmandade cultural entre os povos. A música popular, o futebol, a comida regional estão abrindo caminhos. A pintura, o teatro, a literatura podem fazer muito, mostrando a verdade da alma de cada povo.
Tencionava dar uma trégua ou até um basta às minhas aventuras de tradução de poesia, depois da deslumbrada travessia do universo que fiz, levado pelas seiscentas páginas do Cântico cósmico, de Ernesto Cardenal, cujo astro principal é o ser humano. Sucede que não pude desatender um pedido de minha amiga Rosemary Alves, editora de Bertrand, quando me propôs a tradução destes Cadernos, de cuja existência, a propósito, o próprio Pablo Neruda, pelo menos em duas ocasiões, me fez breve e velada referência. Numa delas, ano 62, em Temuco, enquanto saboreávamos felizes as “longanizas” da região com seu sobrinho Raul, em cuja casa se hospedava sempre que voltava ao Sul de sua infância. De conversa, lembrava ele os dias do Liceu, os companheiros, o gosto da leitura, os passeios pelo rio Cautín e, com o olhar mergulhado no copo de tinto brilhante, falou vagaroso que escrevia todos os dias e que Laurita lhe guardava os manuscritos. “Todavia los guarda”, recordo nítido o comentário do bondoso Raul. Os cadernos eram um segredo de família. Un secreto a voces, como o Chile diz.
Aceitei a tradução. Primeiro pelo respeito que me merece Rose, notável profissional do ramo. Depois, porque me deu vontade de conhecer, saber um tanto, através dos poemas que escreveu entre os seus quinze e dezessete anos, o sentimento do mundo, o entendimento da vida daquele jovem estudante a quem vim a conhecer já homem de vasta vida vivida, já poeta querido e consagrado, pessoa fascinante, um ser cheio de magia (construía a seu redor um mundo mágico), que me abriu a intimidade de sua ternura, com quem convivi intensamente momentos que se reúnem aos mais importantes, fortes e inesquecíveis de minha vida. Ainda que nem todos guardem o gosto da alegria.

OS CADERNOS DE NEFTALÍ*

É um livro de quem já está seguro de que a poesia é o seu caminho inexorável. De quem principia o caminho sabendo onde quer chegar e bem preparado para a caminhada. Todos os poemas denotam impressionante domínio da arte do verso, surpreendente num autor adolescente.
Os seus poemas são metrificados e rimados. Maneja, com perícia técnica, todas as cadências. Canta na redondilha, celebra em decassílabos. Não são poucos os poemas armados no trabalhoso octossílabo. Mas o seu verso preferido é o alexandrino clássico, com a cesura mediana.
As rimas não chegam a ser brilhantes nem raras. São mais fáceis do que pobres e se repetem com freqüência ao longo do livro. Chamou a minha atenção e me deu agrado a sua preferência pelas rimas toantes. Cuidei, na minha versão, de manter a medida e as tônicas. Por gosto, mais de uma vez, desatei a rima, para que a palavra pudesse voar.
Neftalí amava os neologismos. Transparece no verso o prazer do poeta em inaugurar uma palavra. Sempre que a voz nova me calou, tratei de mantê-la. Como no caso da árvore que ele chama de primíflora, porque deu as suas primeiras flores.
Os Cadernos de Temuco, do moço Neftalí Reyes, não têm a poderosa força que se ergue sonora das páginas que durante quase meio século iria escrever Pablo Neruda. Eles são como as pedras fundamentais sobre as quais se elevou o iluminado monumento que é hoje, para quem ama a poesia em qualquer lugar deste mundo, a obra do vate chileno. São as primeiras raízes da generosa árvore de amplos sortilégios, cujos frutos e flores, ricos da seiva de palavras encantadas, perduram entre os mais belos poemas escritos por este século.
Parecem palavras grandes as que acabo de escrever. Elas são, no entanto, simples como a transparência da água. Todas as principais vertentes da lírica nerudiana já se abrem nos versos escritos no pequenino povoado do sul chileno, a capital da chuva. O amor, a natureza, a solidão, o destino do ser humano, a sensualidade, a metafísica, o humor, o erotismo, a melancolia.
O conhecedor da obra de Neruda uma coisa decerto vai estranhar: nos versos do moço sensível, habitante do território sagrado dos índios mapuches, massacrados depois de trezentos anos de resistência aos brancos, mal transparece o sentimento da injustiça social, a indignação contra a dor dos oprimidos. Essa inquietação, profunda e permanente, não tardou a surgir e viria a ser, mais que tema, a grande fonte do seu canto geral, espada sonora erguida em defesa da vida do homem latino-americano, contra tudo que mancha e fere a grandeza e a dignidade da condição humana. (...)
No preparo da Antologia Poética (Letras e Artes, 1964), trabalho de quase dois anos, contei com a melhor ajuda que um tradutor pode merecer: o autor a meu lado. Semanalmente (maioria das vezes defronte ao Pacífico, em sua casa – hoje o Museu mais visitado do Chile) da Isla Negra, eu lhe pedia luz para agasalhar melhor no meu idioma a poderosa claridão dos seus versos, ou mesmo para percorrer mais seguro os seus caminhos de sombra. Sorria gostoso quando eu introduzia no verso um adjetivo brasileiro e dava um valor especial à musicalidade. (...)
Não deixou a vida que eu tivesse o poeta ao meu lado quando transladei ao nosso idioma Los versos del capitán (Bertrand, 1998, 3ª edição), nem estes Cadernos de Temuco. Nunca vou saber se o meu trabalho, cumprido igualmente com paciência e paixão, saiu bem ao gosto da sua refinada exigência. Como, de resto, nunca saberei se ele concordaria com a publicação destes cadernos escolares, de bem desenhada caligrafia poética. Pelo que conheci de Pablo (a quem sempre tratei de Paulinho), estou que sim.
O pai de Neftalí, dom José del Carmen Reyes, sempre viu com maus olhos a vocação poética do filho. Considerava a poesia coisa pouco séria. Passou a ameaçá-lo: nada de escrituras na sua casa. Nada de publicação em jornal. O uso de pseudônimos resultou inútil.
Um dia, num arranque de fúria, entrou com violência no quarto do filho e simplesmente destruiu tudo que pudesse ter algo a ver com poesia. Fez uma fogueira com livros, revistas, cadernos, papéis.
Quem conta o episódio é o poeta Bernardo Reyes, por sinal, sobrinho de Neruda, num livro admirável sobre a vida do poeta e a sua numerosa e entrelaçada família em Temuco: Neruda, retrato de família, 1904-1920, editora de La Universidad de Puerto Rico. Transcrevo em tradução, um parágrafo comovente do livro de Bernardo:
“Neftalí sentiu-se profundamente magoado, passou vários dias cabisbaixo, deprimido, até que, em dado momento mágico, Laurita lhe fez um sinal escondido, pedindo que ele a acompanhasse ao quarto dela sem que os outros percebessem. No meio de intermináveis peças de roupa, lençóis, objetos e cadernos, com um pequeno sorriso de cumplicidade e pondo seu dedo índice em cruz sobre os lábios de seu irmão, mostrou-lhe seu pequeno tesouro: os cadernos escolares onde Neftalí escrevia seus poemas.” Laura salvou a poesia das chamas da ira.
Por tudo que li e ouvi, inclusive mais de uma vez do próprio amigo que partiu há vinte e cinco anos, uma silenciosa figura de mulher ganhou um lugar de terno relevo, conquanto obscuro, no mundo familiar de Neruda. Desde a sua chegada a Temuco, conviveu com ela dia a dia. Desde a sua meninice, durante seus anos de Liceu, até sua partida para Santiago, ela o protegia, calada e vigilante, curava com desvelo os machucados da alma e as marcas que lhe deixava a violência paterna. Nela o menino encontrou a mãe que não conheceu. Sua verdadeira mãe, dona Rosa Basoalto, morreu poucas horas depois de dar à luz. Mas o enteado nunca chamou de madrasta dona Trinidad Marverde, a segunda mulher de dom José del Carmen. Criou para ela a meiga palavra mamadre, título do poema que lhe dedicou anos depois, incluído em Memorial de Isla Negra. (...)
__________
*Neruda (Neftalí Ricardo Reyes, dito Pablo), poeta chileno (Parral 1904 – Santiago 1973).


Comments:
He visto el comentario de Cuadernos de Temuco, y el prólogo de mi amigo Thiago de Mello.
Si en algo puede servir para conocernos, le envío la dirección de mi web, donde aparece una traducción de Thiago a uno de mis poemas.

Con afecto le saluda
BERNARDO REYES
http://bernardoreyes2007.googlepages.com/
 
Clé, querida;
Não estou nem exergando bem, por causa das lágrimas e nem pensand no meu melhor, por causa da emoção.
Eu só posso dizer que ter feito este post foi uma dadiva. Que não se esgota aqui. Que, sem você estaria perdida, mas você guardou e dividiu conosv=co.

E para que a justeza do que digo de forma tão tosca ficasse sublinhado eis aí acima o comentário do Bernardo Reyes.
Nada mais posso dizer.
Sinto-me como poucas vez, a residir na mesma morada, o que Heidegger dizia que era a verdaeira do DEIN e do DASEIN.
Muitos , muitos beijos e felicitações
Da sua, já agora, amiga
Meguita
 
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