sexta-feira, janeiro 12, 2007

 

CORA CORALINA (III)


orelhas de alguns de seus livros:

A obra de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (1889-1985), Cora Coralina, é um dos marcos recentes de nossa literatura.
Nascida em Goiás, em 1889, Cora teve uma trajetória literária peculiar. Embora escrevesse desde moça, tinha 76 anos quando seu primeiro livro foi publicado, e quase 90 quando sua obra chegou às mãos de Carlos Drummond de Andrade – responsável por sua apresentação ao mercado nacional. Desde então, sua literatura vem conquistando crítica e público.
Cora Coralina não se filiou a nenhuma corrente literária. Com um estilo pessoal, foi poeta e uma grande contadora de histórias e coisas de sua terra. O cotidiano, os causos, a velha Goiás, as inquietações humanas, são temas constantes em sua obra, considerada por vários autores um registro histórico-social do século 20.


"Tinha a sabedoria à flor da pele; o que ela falava era a voz quase coletiva, um folclore vivo."
CACASO

"Cora Coralina para mim é a pessoa mais importante de Goiás. Mais que o governador, as excelências, os homens ricos e influentes do Estado... Cora Coralina, um admirável brasileiro."
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
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[ilustração de Ulisses Amaral, na capa do livro Estórias da Casa Velha da Ponte,
de Cora Coralina, Global Editora, 3ª edição, 1986]
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Carlos Drummond de Andrade escreveu à Cora Coralina:

Rio de Janeiro, 14 de julho, 1979

Cora Coralina

Não tendo o seu endereço, lanço estas palavras ao vento, na esperança de que ele as deposite em suas mãos. Admiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu verso é água corrente, seu lirismo tem a força e a delicadeza das coisas naturais. Ah, você me dá saudades de Minas, tão irmã do seu Goiás! Dá alegria na gente saber que existe bem no coração do Brasil um ser chamado Cora Coralina.

Todo o carinho, toda a admiração
do seu

Carlos Drummond de Andrade


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