terça-feira, janeiro 09, 2007

 

Cecília (I)


Apesar de composta em 1998, há pouco tempo descobrimos esta bela canção do Chico, gravada, inicialmente, no CD As Cidades, quando ela nos passou despercebida. Só em seu CD duplo, ao vivo (de 1999) foi que a notamos. Ainda não a ouvi com mais ninguém:




Ficha técnica:
Arranjo & violão: Luiz Cláudio Ramos
Piano: João Rebouças
Baixo: Luiz Alves
Bateria: Wilson das Neves
Sopros & Cordas

Cecília
Luiz Cláudio Ramos & Chico Buarque/1998


Quantos artistas
Entoam baladas
Para suas amadas
Com grandes orquestras
Como os invejo
Como os admiro
Eu, que te vejo
E nem quase respiro

Quantos poetas
Românticos, prosas
Exaltam suas musas
Com todas as letras
Eu te murmuro
Eu te suspiro
Eu, que soletro
Teu nome no escuro

Me escutas, Cecília?
Mas eu te chamava em silêncio
Na tua presença
Palavras são brutas
Pode ser que, entreabertos,
Meus lábios, de leve,
Tremessem por ti
Mas nem as sutis melodias
Merecem, Cecília, teu nome
Espalhar por aí
Como tantos poetas
Tantos cantores
Tantas Cecílias
Com mil refletores
Eu, que não digo
Mas ardo de desejo
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir



Não preciso dizer a quem dedico este post. O título já diz...



Lembro-me que Arnaldo costumava ninar a Cecília cantando Molambo, gravada por Bethânia, no disco Recital na Boite Barroco (qu’eu tinha, na época, em vinil) e a Cê, agora, a reencontrou no CD da Luciana Mello.







Molambo
Jaime Florence & Augusto Mesquita


Eu sei que vocês vão dizer
Que é tudo mentira, que não pode ser
Que depois de tudo o que ele me fez
Eu jamais deveria aceitá-lo outra vez
Eu sei que assim procedendo
Me exponho ao desprezo de todos vocês
Lamento, mas fiquei sabendo
Que ele voltou e comigo ficou
Voltou pra matar a saudade
A tremenda saudade que não me deixou
Que não me deu sossego um momento sequer
Desde o dia em que ele me abandonou
Voltou pra impedir que a loucura
Fizesse de mim um molambo qualquer
Ficou dessa vez para sempre
Se Deus quiser



__________
molambo [Do quimb. mu'lambu', 'pano1']
S. m. Bras.
1. Pedaço de pano velho, rasgado e sujo; farrapo.
2. Roupa velha ou esfarrapada.
3. Figurado Indivíduo fraco, pusilânime, sem firmeza de caráter.


Comments:
Que lindo, mãe!
Essa música do chico é linda mesmo, agora ele vai poder cantar pra nova netinha!
Nem preciso dizer que te amo, né? Desde a época em que vc cantava molambo pra mim...
Um beijo
Ce
 
Que lindo!!!! eu tb cantava pro Daniel....cantava varias musicas, mas a que eu mais repetia e me emociona muito é Trem do Pantanal.
Depois te explico o porquê.bj.
 
Cê,

Papai era quem cantava e eu levo a fama?!?!? Costumava niná-la com "Acalanto", que Dorival Caymmi compôs pra sua filha, Nana, qdo ela nasceu:

Acalanto
Dorival Caymmi


É tão tarde
A manhã já vem
Todos dormem
A noite também
Só eu velo
Por você, meu bem
Dorme, anjo,
O boi pega Neném

Lá no céu
Deixam de cantar
Os anjinhos
Foram se deitar
Mamãezinha
Precisa descansar
Dorme, anjo,
Papai vai lhe ninar

"Boi, boi, boi,
Boi da cara preta
Pega essa menina
Que tem medo de careta"

Lembra...?
bjo,
te amo,
mamãe
 
Vivien,

Esta canção é, realmente, muito bonita! Eu a conheci na voz de Almir Sater:

Trem do Pantanal
Geraldo Roca & Paulo Simões


Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
As estrelas do cruzeiro fazem um sinal
De que esse é o melhor caminho
Pra quem é, como eu,
Mais um fugitivo da guerra

Enquanto esse velho trem atravessa o pantanal
O povo lá de casa espera que eu mande um postal
Dizendo que eu estou muito bem e vivo
Rumo à Santa Cruz de La Sierra

Enquanto este velho trem atravessa o pantanal
Só meu coração está batendo desigual
Ele agora sabe que o medo viaja também
Sobre todos os trilhos da terra
Rumo a Santa Cruz de La Sierra

Bjo,
Clé
 
Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?